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Florence é uma menina de 12 anos que vive com seu irmãozinho Giles numa distante mansão sob os cuidados de um tio que nunca conheceu.Lá, a menina é proibida de ser alfabetizada, o que não a impede de descobrir sozinha a biblioteca e com isso, o maravilhoso mundo da literatura, dando sentido à sua vida monótona e solitária. Mas a vida dos dois irmãos vira de cabeça para baixo quando, após a estranha morte da preceptora, uma nova mulher, Srta.Taylor, é encarregada de cuidar de sua educação. Florence logo estranha a predileção da nova preceptora por seu irmão e começa a notar coisas mais esquisitas em relação à ela.Coisas que a deixam arrepiada e temerosa com o que pode acontecer com Giles.
Não sei o resumo é bom, mas em se tratando deste livro, creio que nenhum resumo irá transmitir verdadeiramente o que ele é. Florence é uma menina extraordinariamente inteligente, mais do que qualquer um do livro, na minha opinião. Ela faz o seu próprio mundo, em meio à ignorância de tudo a que é obrigada a se submeter, a solidão da casa, seus poucos conhecimentos do mundo. Seu único amigo é Theo, um garoto asmático que lhe é completamente apaixonado. A devoção de Theo por Florence comove até o fim do livro. Já Giles é um menino puro, ingênuo e um pouco tolo, que também faz qualquer coisa pela irmã. Srta.Taylor, junto com Florence, é um incógnita.
O final faz jus aos contos de Edgar Allan Poe, quem já leu algum vai reconhecer aquele estilo, como uma releitura do autor e até um convite à leitura de suas obras. Não posso dizer que fiquei satisfeita com o desfecho inegavelmente surpreendente, mas dá pra entender que o autor, John Harding, não queria uma história muito óbvia. Ele põe algumas pistas sobre o final quando cita Macbeth, de Shakespeare e até o próprio Coração Delator, conto de Edgar Allan Poe, mas não se propõe a explicar tudo o que deixou em aberto, por mais que uma uma segunda lida explique algumas coisas.
Enfim, é um livro singular, vale a leitura e se você gosta de histórias pouco óbvias, vá em frente. Só não se engane pela capa e o título (Que no original é Florence and Giles e o título brasileiro foi uma óbvia tentativa da editora de pegar carona com A Menina que Roubava Livros), mas a leitura é fluida e te mergulha de verdade no mundo de Florence.
Durante a Era Vitoriana, época de maior rigidez a normas de conduta, onde a mulher era vista para servir de boa esposa e o seu maior objetivo era achar um marido rico, vive Gemma Doyle,uma jovem de dezesseis anos que tem um espírito rebelde e um dom diferente de costurar ou dançar: o dom da magia.Depois da morte misteriosa de sua mãe, Gemma é levada para um colégio de moças, Academia Spence, para lá começar sua vida, diferente do que vivera na Índia até então. Mas os mistérioas da magia a perseguem e ela acaba se juntando com outras jovens para formar uma Ordem, para liberdade, diversão...e um pouco de magia. Só que ela não percebe até onde as consequências podem chegar.
Capa bonita, enredo interessante, achei este livro um pouco diferente dos outros que andava lendo. A começar por Gemma Doyle, uma protagonista desbocada, rebelde, que não deixa que os outros a façam de boba, mas no fundo, também ingênua. As amigas que ela arranja nesse livro de modo algum podem ser chamada de verdadeiras, o que é diferente, já que uma história mais clichê não faria isso. Felicity é arrogante, manipuladora e só se torna amiga de Gemma porque ela descobre um segredo seu; Pippa só se junta ao grupo por causa de Felicity e é mimada; Ann é pobre e só se junta ao grupo a pedido de Gemma, a quem não cede o apoio como era de se esperar, iludida pela popularidade das outras. Elas , ainda assim, pela magia (e o desejo de se libertarem de sua vidas pré-definidas e insossas) elas se tornam inimaginavelmente amigas e passam dos limites, libertando um mal antigo. Não sei como Gemma as considera amigas, uma vez que não ligam realmente para ela e sim para os seus poderes. E outra coisa que poderia ter sido mais explorada é a ligação entre Gemma e Kartik, o rapaz indiano membro de uma ordem antiga, que a segue para impedi-la de causar algum mal. Não fica muito claro se ele gosta dela, mas dá um ótimo gancho para a continuação.
Muito similar aos filmes Jovens Bruxas e A Floresta, a ambientação, a rotina de um colégio interno, a liberdade e ousadias que elas tomam ao se reunirem e o pseudoromance de Kartik e Gemma são ingredientes que tornam este um bom livro e uma continuação (Anjos Rebeldes) que espero ser ainda melhor.
Dana Evans é uma bela apresentadora de jornal que acabou de cobrir a guerra em Sarajevo, adotando um menino orfão, Kemal, que perdeu seu braço no bombardeio. Em meio à sua retomada de vida, a criação de Kemal e a chegada da ex-mulher do seu namorado, uma notícia chocante chega no jornal: o último membro da família Winthrop, o mais próximo de realeza nos EUA, é assassinado. E Dana remonta a história: todos os membros da família Winthrop morreram no último ano em acidentes estranhos. Curiosa, ela resolve investigar e acaba descobrindo que se meteu numa teia intricada de segredos,traições e perigos, que põe em risco à sua vida e de quem lhe é mais próximo.
Vamos lá. Confesso que a história demora a engrenar, mas quando começa, é ação constante,mal parando para assuntos triviais. Parece bastante com o roteiro de um filme, com reviravoltas e suspense. O que achei estranho é que somente Dana achou algo de errado na morte dos Winthrop( Que me lembrou os Kennedy)? É muito angustiante vê-la correr todos aqueles riscos, ser vigiada, tudo sozinha.E o romance com Jeff não emociona, apenas deixa você na aflição que ele possa traí-la.Mas o autor sabe trabalhar bem os personagens e a amarra todas as pontas possíveis, o que requer muita concentração no que está fazendo.
A trama é ágil, com informações interessantes e inteligentes.
Não foi um dos meus favoritos do ano, mas com certeza não é uma perda de tempo e dá vontade de ler num dia só! E vou procurar mais do autor para ler...
Qualquer coisa que dê asas à minha imaginação...
sábado, 9 de outubro de 2010
Uma nova cara para Edgar Allan Poe
Florence é uma menina de 12 anos que vive com seu irmãozinho Giles numa distante mansão sob os cuidados de um tio que nunca conheceu.Lá, a menina é proibida de ser alfabetizada, o que não a impede de descobrir sozinha a biblioteca e com isso, o maravilhoso mundo da literatura, dando sentido à sua vida monótona e solitária. Mas a vida dos dois irmãos vira de cabeça para baixo quando, após a estranha morte da preceptora, uma nova mulher, Srta.Taylor, é encarregada de cuidar de sua educação. Florence logo estranha a predileção da nova preceptora por seu irmão e começa a notar coisas mais esquisitas em relação à ela.Coisas que a deixam arrepiada e temerosa com o que pode acontecer com Giles.
Não sei o resumo é bom, mas em se tratando deste livro, creio que nenhum resumo irá transmitir verdadeiramente o que ele é. Florence é uma menina extraordinariamente inteligente, mais do que qualquer um do livro, na minha opinião. Ela faz o seu próprio mundo, em meio à ignorância de tudo a que é obrigada a se submeter, a solidão da casa, seus poucos conhecimentos do mundo. Seu único amigo é Theo, um garoto asmático que lhe é completamente apaixonado. A devoção de Theo por Florence comove até o fim do livro. Já Giles é um menino puro, ingênuo e um pouco tolo, que também faz qualquer coisa pela irmã. Srta.Taylor, junto com Florence, é um incógnita.
O final faz jus aos contos de Edgar Allan Poe, quem já leu algum vai reconhecer aquele estilo, como uma releitura do autor e até um convite à leitura de suas obras. Não posso dizer que fiquei satisfeita com o desfecho inegavelmente surpreendente, mas dá pra entender que o autor, John Harding, não queria uma história muito óbvia. Ele põe algumas pistas sobre o final quando cita Macbeth, de Shakespeare e até o próprio Coração Delator, conto de Edgar Allan Poe, mas não se propõe a explicar tudo o que deixou em aberto, por mais que uma uma segunda lida explique algumas coisas.
Enfim, é um livro singular, vale a leitura e se você gosta de histórias pouco óbvias, vá em frente. Só não se engane pela capa e o título (Que no original é Florence and Giles e o título brasileiro foi uma óbvia tentativa da editora de pegar carona com A Menina que Roubava Livros), mas a leitura é fluida e te mergulha de verdade no mundo de Florence.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Magia, feminismo e Era Vitoriana
Durante a Era Vitoriana, época de maior rigidez a normas de conduta, onde a mulher era vista para servir de boa esposa e o seu maior objetivo era achar um marido rico, vive Gemma Doyle,uma jovem de dezesseis anos que tem um espírito rebelde e um dom diferente de costurar ou dançar: o dom da magia.Depois da morte misteriosa de sua mãe, Gemma é levada para um colégio de moças, Academia Spence, para lá começar sua vida, diferente do que vivera na Índia até então. Mas os mistérioas da magia a perseguem e ela acaba se juntando com outras jovens para formar uma Ordem, para liberdade, diversão...e um pouco de magia. Só que ela não percebe até onde as consequências podem chegar.
Capa bonita, enredo interessante, achei este livro um pouco diferente dos outros que andava lendo. A começar por Gemma Doyle, uma protagonista desbocada, rebelde, que não deixa que os outros a façam de boba, mas no fundo, também ingênua. As amigas que ela arranja nesse livro de modo algum podem ser chamada de verdadeiras, o que é diferente, já que uma história mais clichê não faria isso. Felicity é arrogante, manipuladora e só se torna amiga de Gemma porque ela descobre um segredo seu; Pippa só se junta ao grupo por causa de Felicity e é mimada; Ann é pobre e só se junta ao grupo a pedido de Gemma, a quem não cede o apoio como era de se esperar, iludida pela popularidade das outras. Elas , ainda assim, pela magia (e o desejo de se libertarem de sua vidas pré-definidas e insossas) elas se tornam inimaginavelmente amigas e passam dos limites, libertando um mal antigo. Não sei como Gemma as considera amigas, uma vez que não ligam realmente para ela e sim para os seus poderes. E outra coisa que poderia ter sido mais explorada é a ligação entre Gemma e Kartik, o rapaz indiano membro de uma ordem antiga, que a segue para impedi-la de causar algum mal. Não fica muito claro se ele gosta dela, mas dá um ótimo gancho para a continuação.
Muito similar aos filmes Jovens Bruxas e A Floresta, a ambientação, a rotina de um colégio interno, a liberdade e ousadias que elas tomam ao se reunirem e o pseudoromance de Kartik e Gemma são ingredientes que tornam este um bom livro e uma continuação (Anjos Rebeldes) que espero ser ainda melhor.
O céu está caindo
Dana Evans é uma bela apresentadora de jornal que acabou de cobrir a guerra em Sarajevo, adotando um menino orfão, Kemal, que perdeu seu braço no bombardeio. Em meio à sua retomada de vida, a criação de Kemal e a chegada da ex-mulher do seu namorado, uma notícia chocante chega no jornal: o último membro da família Winthrop, o mais próximo de realeza nos EUA, é assassinado. E Dana remonta a história: todos os membros da família Winthrop morreram no último ano em acidentes estranhos. Curiosa, ela resolve investigar e acaba descobrindo que se meteu numa teia intricada de segredos,traições e perigos, que põe em risco à sua vida e de quem lhe é mais próximo.
Vamos lá. Confesso que a história demora a engrenar, mas quando começa, é ação constante,mal parando para assuntos triviais. Parece bastante com o roteiro de um filme, com reviravoltas e suspense. O que achei estranho é que somente Dana achou algo de errado na morte dos Winthrop( Que me lembrou os Kennedy)? É muito angustiante vê-la correr todos aqueles riscos, ser vigiada, tudo sozinha.E o romance com Jeff não emociona, apenas deixa você na aflição que ele possa traí-la.Mas o autor sabe trabalhar bem os personagens e a amarra todas as pontas possíveis, o que requer muita concentração no que está fazendo.
A trama é ágil, com informações interessantes e inteligentes.
Não foi um dos meus favoritos do ano, mas com certeza não é uma perda de tempo e dá vontade de ler num dia só! E vou procurar mais do autor para ler...
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