sábado, 18 de setembro de 2010

Primeiras Impressões


Faz uma semana que fui assistir meu primeiro jogo de futebol, com meu namorado, no estádio do Castelão. Nunca tive grande interesse na área, mas a pedido do meu namorado, fui ver Santos x Ceará, que culminou na triste derrota do Santos por 2 x 1.
A atmosfera num estádio é contagiante e quando você menos espera está disparando xingamentos contra o juiz, partilha de alegrias e revoltas. E fatos jornalisticamente relevantes aconteceram também. Como o menino que, na ânsia de pegar umas camisas jogadas pelo Neymar, caiu no fosso que separa as arquibancadas do gramado, o que fez vários fotógrafos- abutres tirarem fotos extasiados, até sinalizando para o menino fazer pose, ao invés de ajudarem-no minimamente. A história acabou bem, com o garoto sendo resgatado ileso pelos bombeiros. O outro fato aconteceu no fim do jogo, quando um tumulto ocorreu por causa de Neymar, que reclamava pela marcação acirrada que tinha levado o jogo todo dos jogadores do Ceará( E que foi verdade) e também pelo fato de um jogador do Santos ter sido agredido por um policial, que logo saiu correndo do campo( E esse último fato fiquei sabendo pelo site Globo, já que eram tantos policiais ao redor do campo que não dava para ver o que realmente estava acontecendo).
Saindo da atmosfera de gritos, emoções e até frustrações do Castelão, fui com meu namorado assistir o filme nacional do momento, Nosso Lar, com temática espírita,escrito pelo espírito André Luiz e psicografado por Chico Xavier. Veja bem, antes de mais nada não sou espírtia, mas respeito essa religião e acho seus ensinamentos muito sábios.
O filme conta a trajetória do próprio André Luiz, levando o espectador ao mundo que a doutrina espírita prega com trilha sonora( Do mesmo de As Horas) e fotografia belíssimas, lembrando que o cinema brasileiro é capaz de ir além de filmes violentos e sensuais quando realmente se dispõe a fazer um produto de qualidade. O filme emociona e nos traz uma bela lição de amor ao próximo e à vida como um todo.
E dessa maneira, fui da euforia de um estádio à tranquilidade de Nosso Lar em um dia.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

No nosso imaginário...


Há muito queria assistir o último filme de Heath Ledger. Sua atuação em Batman, O Cavaleiro das Trevas foi surreal. E ver a última atuação de tão estimado talento não decepciona.
Quem gosta de filmes óbvios e explicadinhos demais, talvez não se interesse por O Mundo Imaginário do Dr.Parnassus.
Com Christopher Plummer no papel do Dr. Parnassus, que faz um pacto com o diabo em troca da imortalidade continua fazendo apostas após disso tentar melhorar sua situação. Até que ele concorda em entregar ao "coisa ruim" sua única filha, Valentina.
Ele, a filha, um amigo nanico e outro rapaz viajam em trupe para apresentar o mundo imaginário de Parnassus, que transforma em realidade a imaginação de quem entra no misterioso espelho.
E acabam encontrando Tony (Ledger) quase morrendo numa ponte. O moço se apaixona por Valentina e tenta acabar com a maldição.
Falando assim, parece até simples, mas o mundo mágico no imaginário de Parnassus, o figurino da trupe, a atuação de Ledger e seu misterioso personagem, que não foi prejudicado pela morte do intérprete sendo substituído por Johnny Depp, Jude Law e Colin Farell, nos momentos em que ele está no mundo imaginário. E o estranho é que essa mudança de rosto faz sentido totalmente.
Eu bem que queria mudar o desenrolar de Tony, mas vejo que isso faz com que o filme se torne mesmo um filme não óbvio, não hollywoodizado( Mesmo porque é europeu) e portanto, marcante e merecer de aplausos.