terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sussurro - Becca Fitzpatrick


SUSSURRO

Autora:
Becca Fitzpatrick
Editora:
Intrínseca
N° de páginas:
264


Esse foi um livro que li após uma depressão-pós-livro. Não adiantou nada,né? Fiquei apaixonada por esse e tive que buscar outro para esquecê-lo( Só que o outro foi logo o Cidade das Cinzas!Mas isso são cenas dos próximos posts).

Nora Grey é uma adolescente normal que nunca se apaixonou na vida, mesmo com sua amiga divertidíssima Vee para mostrá-la caras legais. Só que isso muda ao ter que trocar de parceiro na aula de biologia e conhecer Patch, misterioso,lindo, que parece saber seus segredos mais íntimos. Nora sabe que ele é perigoso... Mas não sabe se acaba se apaixonando de vez ou corre dele.
Além disso, um estranho mascarado passa a persegui-la constantemente e sumindo como se fosse por mágica. E ela só percebe que sua vida está em perigo quando Vee é confundida com ela e é atacada. Seria Patch por trás de tudo isso? Ou algo muito maior que ela poderia imaginar?

Demorei demais pra ler esse livro, mas não sabia que a trama sobre anjos poderia ser tão legal. Patch é um anjo caído, mais parecendo um lindo bad boy, com um sorriso despreocupado e aquelas frases cortantes quando ele conversa com Nora:

Eu captei seu olhar e não pude evitar igualar seu sorriso – brevemente.
“Com sorte não em seu favor. Maior sonho?”
Eu estava orgulhosa dessa porque sabia que iria aturdi-lo. Ela requeria premeditação.

“Beijar você.”

“Isso não é engraçado,” eu disse, segurando seus olhos, grata por não ter gaguejado.
“Não, mas fez você corar.”

Se o Patch existisse na vida real seria tachado de cafajeste só com as insinuações que ele faz ao longo do livro, mas como personagem literário ele está perfeito! Você se pergunta o livro inteiro se ele realmente está afim da Nora como diz estar ou se pode estar por trás dos acontecimentos estranhos, já que ele é um anjo caído e tal. Mas é um daqueles mocinhos com diálogos tão legais que faz você querer voltar e ler de novo o que ele diz.

A Vee é a amiga ideal. Engraçada e que dá um super apoio à Nora, embora sua ingenuidade dê nos nervos.

A Nora é uma personagem que não é boba e nem fica sonhando com o príncipe encantado (Alô, Bella Swan?), mas é muito impetuosa e não pensa antes de se meter em encrenca. Ela se sacrifica muito por amizade, como naquela cena em que Vee está encrencada e Nora vai atrás dela, sozinha, numa rua perigosa e troca seu casaco por informações de uma mendiga. É muita loucura! E é completamente apagada quando o Patch aparece, porque não consegue vencê-lo no raciocínio dos seus diálogos e fica corada no final.

O primeiro livro da série Hush Hush é muito bom, do tipo que faz você querer reler. Os personagens são interessantes e a mitologia dos anjos é muito bacana, embora ela seja apresentada de forma jogada e mal explicada ao longo do livro. Ao contrário de Julie Kagawa em O Rei do Ferro, Becca Fitzpatrick não prepara o terreno para o leitor e faz toda a ação e informação acontecerem ao redor do casal principal. Não sei se na continuação Crescendo, a história dos nephilins é melhor explicada, mas espero saber mais e, claro, mais cenas românticas da Nora e do Patch.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Resenha - O Rei do Ferro




O REI DO FERRO
Autora: Julie Kagawa
Editora: Underworld
N° de páginas: 352

Meghan Chase é uma adolescente que não mora na cidade e tem uma mãe e um padrasto avessos a tecnologia, inclusive de coisas tão básicas na existência de um adolescente "normal" quanto um celular e uma internet decente. Com o pai misteriosamente desaparecido, Meghan sente como se as pessoas esquecessem da sua existência e a ignorassem, como acontece no colégio e até mesmo em casa, em relação ao seu padrasto. Os únicos que a fazem feliz são Ethan, seu fofíssimo irmão caçula de quatro anos e Robbie, seu melhor amigo.
Ao completar 16 anos, Meghan tem estranhas visões e Ethan passa a se comportar de forma diferente, com uma crueldade e ferocidade que não eram dele. É então que seu amigo Robbie revela que o seu irmão foi sequestrado por fadas e uma cópia foi colocada em seu lugar. E para maior surpresa dela, Robbie revela que é Puck, bobo da corte do rei Oberon, no mundo das fadas, em Nevernever e que esteve ao lado dela esse tempo para protegê-la.
E aí que a garota mergulha num mundo feroz, fascinante e perigoso para resgatar seu irmão. É lá que descobre que o rei Oberon é seu pai, o que a coloca em um jogo de interesses, especialmente com a Corte do Inverno e o seu príncipe, de quem Meghan não sabe se deve fugir ou se apaixonar.

Ufa! Sinopse meio comprida, mas é mais ou menos isso aí. O livro chega aos poucos no mundo das fadas, preparando o terreno, mostrando a vida e o sofrimento de Meghan no colégio e sua relação com Robbie ( Que poderia ter sido melhor mostrada, com mais memórias de amizade). O changeling que ocupa o lugar de Ethan é assustador e essas primeiras partes são bem sombrias. Não que Nevernever não seja. A mitologia das fadas é bem colocada, mostrando o lado traiçoeiro da maioria delas e dos outros seres desse mundo, que traz mais perigo do qualquer outra coisa. Confesso que a jornada de Meghan e Puck ao rei Oberon me deixou impaciente: muitas desventuras, muita ingenuidade da moça e até aquele momento a falta de algo marcante nos personagens.

Puck, que é o mesmo personagem de Shakespeare em Sonho de uma Noite de Verão( Que inspirou muita a gente a escrever sobre o reino das fadas), é esperto, brincalhão e desafiador, algo que só foi se tornando mais marcante (Para mim, pelo menos) do meio do livro em diante. Acho que faltou mostrar a audácia dele como Robbie, no colégio.

O personagem mais interessante mesmo é o gato( sim, um gato falante, como o Cheshire de Alice) Grimalkim, misterioso, esperto, sarcástico, do mesmo jeito que se imagina que um gato seja se ele pudesse falar. Nunca se sabe se ele está lá pelo acordo com Meghan ou por amizade mesmo (No final, talvez, fique mais evidente).

Mas o destaque mesmo vai para Ash, que está ali para ser o alvo da paixão de Meghan, mesmo sendo o príncipe do Inverno e esteja ali para usá-la como trunfo na sua Corte. Misterioso, excelente lutador e poderoso, ele acredita em levar a moça para a Corte do Inverno, que é rival da Corte do rei Oberon. Claro que com o acordo que faz com Meghan tende a mudá-lo um pouco... mas sem spoilers!

A personagem principal é cabeça dura, age sem pensar, faz acordos com Deus e o mundo (algo perigoso no nosso mundo, imagine no mundo das fadas), é teimosa, desafia alguns seres poderosos (vide a ciumenta rainha Titania) e se apaixona por Ash assim, do nada. Mas é algo cada vez mais comum as autoras de livros YA( Young Adults) ou até mesmo infanto-juvenis, colocarem a mocinha para ser um pouco irritante ( vide a coleção Hush Hush e os Instrumentos Mortais).

Afora isso, o livro é cativante, bastante rico em conteúdo, mostra que a autora planeja bem os passos dos personagens e apesar de bem descritivo, deixa uma sensação de como se realmente estivéssemos lá. A passagem no reino do ferro deixa uma sensação angustiante e torturante e o breve vislumbre da Corte do Inverno deixa qualquer um encantado, quase sentindo o gelo.

O final dá aquela abertura pro segundo, mas nada que já não fosse esperado, ainda assim, dá pra aguçar a curiosidade.

Esse era um livro que figurava na minha lista desde o ano passado, mas só agora eu li. Deixei ficar próximo também da continuação, A Filha do Ferro.É um livro bom que só tende a melhorar nos próximos, uma vez que todos estamos familiarizados com o mundo selvagem e os personagens cínicos e interesseiros de Nevernever.

P.S: O rei Oberon e a rainha Titania também estão no livro do Shakespeare.

P.S ²: Muitas passagens não foram explicadas. A presença de Ash no mundo humano no começo do livro, por exemplo.

P.S ³: Nojo infinito de muitos seres que são personagens adoráveis em livros infantis e aparecem completamente repugnantes nessa história mais realista com o folclore.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Retrospectiva Literária

2011 já passou, já estamos em 2012 e está mais do que na hora de relembrar os melhores do ano (passado)!

Melhor Romance Romântico














Água para Elefantes- Sara Gruen
Não sou de ler romance por romance, mas a história trouxe o mundo circense às páginas de modo realmente encantador.

Melhor Suspense/Terror
















A série Anita Blake - Laurell K. Hamilton
Não li muitos gêneros, mas li seis livros dessa série que não resenhei aqui. É sobre uma ressuscitadora de cadáveres que também ajuda a investigar crimes sobrenaturais, além de "enfrentar" a constante presença de um vampiro bonitão. A história é digna de uma série HBO: bizarrices, sangue, protagonista durona, cenas de sexo não necessariamente românticas... É forte. Tanto que depois de ler tantos de uma vez, você precisa parar e ler algo mais fofinho pra relaxar. Recomendo para quem não tem muito nojinho.( A foto é do primeiro livro, Prazeres Malditos, da editora Rocco)

Melhor comédia









Todos de Sarah Mason
Explico. Li Um Amor de Detetive, Alta Sociedade e A vida é uma festa da Sarah Mason. O primeiro é o mais engraçado, mas todos são livros femininos, com protagonistas engraçadíssimas que fazem você parecer louca rindo sozinha. Recomendadíssimo.

Melhor ficção/fantasia/fantástico













Sussurro -Becca Fitzpatrick
Um tanto sem paciência para uma nova modinha, deixei esse livro sobre anjos de lado. Mas ao lê-lo, vi o quanto estava perdendo. O anjo caído Patch é um dos protagonistas mais interessantes que já vi, chamando muito mais atenção do que a protagonista Nora. Suspense, romance e terror permeiam essa história que tem mais duas continuações.

Clássico do ano
















Persuasão - Jane Austen
A diva Jane Austen precisava figurar nesta lista. Esse li Persuasão e Mansfield Park, que não resenhei por falta de tempo e porque a história não foi tão cativante assim. Mas Persuasão é lindo, meigo, emociona e é simplesmente perfeito.

Surpresa do ano














Como se livrar de um vampiro apaixonado - Beth Fantaskey
Já resenhado, o livro dono de um título não atraente chamou a atenção por ser muito melhor do que esperava. Não foi o melhor do ano, mas superou tanto o que eu achava que merece um lugarzinho revelação.


Não escolherei o Melhor do Ano porque existem tantos empates que não seria justo escolher um deles.
Mas pretendo ler mais clássicos ano que vem, dar mais chances aos livros ignorados, ler mais literatura brasileira. Afinal, leitura é diversão!